Assessores & Companhia
"Cada um deita-se na cama que fez"... foi com esta brilhante tirada que uma assessora (ou aspirante a...) de uma consagrada instituição portuguesa brindou os jornalistas depois de um curto encontro entre a imprensa e um activo dessa instituição.
Tudo, porque o activo (argentino) ignorou uma das perguntas que lhe foi feita e ao querer despachar os jornalistas acabou por responder "Sim, Sim, sim..." a uma pergunta, à qual, tem instruções claras da instituição para responder "Não, claro que não...".
"Não usem isso que ele não entendeu a pergunta..." - "Não me arranjem problemas..." - "Para a próxima meto aqui um português...". Ouviu-se da boca dos assessores visivelmente preocupados.
Errou o activo! Mas os jornalistas não têm culpa que o activo não tenha sequer ouvido a pergunta como devia. Nem podem ser ameaçados por amostras de assessores. A dona da tirada inicial tem poucos meses de trabalho (estudou no mesmo estabelecimento que eu) e acha que com tiques autoritários consegue atingir o seu objectivo - ser finalmente consagrada como fiél cão de fila. Pelo contrário limita-se a cair no ridiculo.
Não pode nem deve ameaçar os jornalistas, sobretudo numa instituição (a esta hora já sabem de qual estou a falar) em que o jornalista é visto como um ser inferior (os não alinhados sobretudo). Se eu errar não entro nas instalações desta instituição... o activo e os assessores (não fazendo a lavagem cerebral conveniente) erraram desta vez. Vou deixar de usar o som? Vou deixar de escrever o que ouvi? Porquê? Porque os assessores assim entendem? Infelizmente receio que ninguém vá usar o som. E assim continuaremos num ciclo viciado... onde a verdade anda escondida e onde os assessores (que se limitam a fazer o seu trabalho) continuam a mandar mais do que deviam (ainda ontem vi um a dar uma entrevista - não usei o som).
Não tenho nada contra os assessores... competentes. Já os outros me causam um certo prurido!
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