domingo, 24 de junho de 2007

Tira lá a roupa



Ana Paula Oliveira. Trata-se da famosa árbitra brasileira que decidiu posar nua para a playboy.

A decisão de se mostrar tal como veio ao mundo deixou perplexos os amantes do futebol... e mesmo os que não ligam à bola! Mas, a pobre da miúda já está a ver a vida a andar para trás depois da famosa revista masculina ter anunciado esta “cacha” (apeteceu-me chamar-lhe assim). No Brasil já ninguém a quer ver dentro das quatro linhas e até a FIFA promete mão pesada... Ana Paula Oliveira vai ficar fora do quadro de elite da FIFA para 2008! Não se faz!

É óbvio que sou suspeito... até porque me parece que vão dar umas belas fotos! Mas, vamos reflectir um pouco... E se, em Portugal, começam a “nascer mulheres” com coragem para agarrarem na bandeira e no apito? Vamos ser obrigados a ir contra as ideias da FIFA... e depois? É que, no nosso país, impera a lei do “despe e sobe... na carreira” (não me peçam exemplos por favor, porque não gostava de citar nomes).

Já estou a imaginar os observadores da Liga a darem pontuação máxima à assistente que melhor performance teve na noite anterior, naquele Hotel pago pelo Presidente do clube que precisa de pontos como de pão para a boca. Ou então, estou a ver, finalmente, o público a aplaudir um elemento da equipa da arbitragem assim que o nome da assistente é proferido no sistema sonoro do estádio...

Acho de um cinismo indescritível que a rapariga seja arredada da alta roda do futebol “apenas” porque, decidiu na sua vida pessoal, aparecer nua numa revista! Quando o mundo do futebol e seus protagonistas estão no top ten de clientes no mundo da prostituição. Diz um elemento da arbitragem da CBF que Ana Paula Oliveira vai estar afastada “Enquanto estiver mais preocupada com a visibilidade”. Aposto que este vai contribuir para esgotar o stock da Playboy no dia em que a árbitra aparecer na capa...

Sejamos sérios. É verdade que ela não esteve bem esta temporada e, ao que parece, cometeu erros crassos em jogos decisivos. Mas dêem uma 2ª oportunidade à moça...

Bem este post... serve ainda para reflectir sobre as mulheres no mundo da arbitragem. Um tema que já discuti com muita gente, sendo que, já encontrei os que dizem: “nem penses numa coisa dessas...”; e os que dizem: “porque não?”. Pois eu concordo com os segundos. Porquê? Porque nos anos em que joguei futebol, em camadas jovens, encontrei uma meia dúzia de vezes árbitros no feminino. Garanto-vos que tanto jogadores, como dirigentes, como público... demonstraram sempre um imenso respeito pelas árbitras. Mesmo em jogos, nos quais, havia erros demasiado evidentes. Na hora de nos dirigirmos ao árbitro pensávamos sempre duas vezes. Por outro lado, as mulheres conseguem incutir no jogo um cariz mais pedagógico, acompanhando cada decisão com uma breve e clara explicação... pelo menos assim acontecia. Lembro-me, inclusive, do meu trainador no ano de Juvenil (Sr.Américo), nos dizer para termos respeitinho com a Sra. Árbitra! Devia sê-lo com todos... homens ou mulheres, é verdade.

Apesar de tudo, acho que ainda somos um país, no qual, o sexo masculino tenta discriminar o oposto no bom e no mau sentido. Ou seja, assim como o Homem português é capaz de se machista ao ponto de não levantar o cú do sofá para cozinhar ou passar a ferro... também é mais comedido e capaz de respeitar a mulher em cenários de exposição pública. É verdade que vos trago um exemplo de camadas jovens. Será que, ao mais alto nível as mulheres seriam poupadas pelos nossos dirigentes e pelos espectadores? Não tenho a certeza!

Mas eu gostava muito de ver mulheres de apito na boca e bandeira na mão... Respeito no futebol, precisa-se!

1 Comments:

Blogger Humberto Ferreira said...

Respeito e não só...

A magia também era outra...

2:33 da tarde  

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