Tradição
É Natal! Por entre todos os elementos que mais distinguem esta época do ano, encontramos refeições que se prolongam pelo dia fora e que nos transformam em seres que “vivem para comer”... ainda que por uns dias. Todavia em áreas como a comunicação social, o Natal é marcado, salvo raras excepções, por uma escassez informativa que deprime quem passa pelos canais dedicados à vertente noticiosa. Sucedem-se as reportagens sobre gastronomia dedicada à época, as iluminações que “acendem” esta ou aquela cidade, o pai natal que chegou a esta ou àquela instituição... tudo peças naturais em tempo de Natal. Apesar de repetitivas, têm audiência. E pelo menos são mais toleráveis do que determinadas opiniões dos chamados líderes da matéria. Hoje, ao ligar a televisão vi alguém dizer em tom irónico que “afinal estamos num país de ricos”, no qual, “não se sente a crise, nem há necessidade de trabalhar no dia 26 de Dezembro”. Ora, esta como outras opiniões e comentários já não deviam fazer parte das receitas que os opinion makers constroem para posteriormente servirem, bem quentinhas, ao Zé-povinho.
É normal que os hipermercados, centros comerciais e afins se encham nesta época do ano. Isso não denota um atenuar da crise! Assim como o aumento do preço dos automóveis não acaba com o caos no trânsito nalgumas cidades, ou assim como o aumento do preço do tabaco não impede um viciado de gastar centenas de euros por mês no seu vício. São as regras do jogo... ou da vida, como queiram. É impensável um pai ou uma mãe, por muito que o ordenado não estique, deixar de brindar o filho com o regresso do pai natal todos os anos; é impensável que as empresas, por muito que a crise lhes afecte o orçamento, deixe de brindar os seus clientes mais importantes com um almoço, jantar um pequena lembrança; é impensável que, na noite de Natal a maioria das famílias esqueçam as contas e encham a mesa com tudo o que de melhor se pode encontrar a fim de tornar a “consoada” inesquecível... tudo isto é impensável, porque é Natal!
E, sinceramente, estranho que venham ano após ano, em forma de comentário ou pequena reportagem julgar um país que se reúne nos espaços comerciais na véspera do Natal... A crise existe e é real, tão real como o normal consumismo desta época. Mas partam daí para análises precipitadas sobre as tão condicionadas contas dos portugueses...
Estas peças sucedem-se todos os anos. São daquelas que já sabemos que mais dia, menos dia vão voltar a aparecer... assim de repente lembro-me, por exemplo, da reunião dos “Bigodes de Portugal”. Todos os anos surge nos noticiários portugueses, embrulhada como se fosse... notícia.
Já agora... Boas Festas e um próspero 2007 a todos os que por aqui passarem!
É normal que os hipermercados, centros comerciais e afins se encham nesta época do ano. Isso não denota um atenuar da crise! Assim como o aumento do preço dos automóveis não acaba com o caos no trânsito nalgumas cidades, ou assim como o aumento do preço do tabaco não impede um viciado de gastar centenas de euros por mês no seu vício. São as regras do jogo... ou da vida, como queiram. É impensável um pai ou uma mãe, por muito que o ordenado não estique, deixar de brindar o filho com o regresso do pai natal todos os anos; é impensável que as empresas, por muito que a crise lhes afecte o orçamento, deixe de brindar os seus clientes mais importantes com um almoço, jantar um pequena lembrança; é impensável que, na noite de Natal a maioria das famílias esqueçam as contas e encham a mesa com tudo o que de melhor se pode encontrar a fim de tornar a “consoada” inesquecível... tudo isto é impensável, porque é Natal!
E, sinceramente, estranho que venham ano após ano, em forma de comentário ou pequena reportagem julgar um país que se reúne nos espaços comerciais na véspera do Natal... A crise existe e é real, tão real como o normal consumismo desta época. Mas partam daí para análises precipitadas sobre as tão condicionadas contas dos portugueses...
Estas peças sucedem-se todos os anos. São daquelas que já sabemos que mais dia, menos dia vão voltar a aparecer... assim de repente lembro-me, por exemplo, da reunião dos “Bigodes de Portugal”. Todos os anos surge nos noticiários portugueses, embrulhada como se fosse... notícia.
Já agora... Boas Festas e um próspero 2007 a todos os que por aqui passarem!