Scolari e os sérvios
Sei que podia esperar pelo fim-de-semana e ouvir o programa do Daniel Oliveira, no qual, por certo, vai haver (como sempre) espaço para o “amigo” Scolari. Mas optei por ver já a entrevista do seleccionador português a Judite de Sousa.
Scolari está perdido! Começa por dizer que não fez nada, para minutos depois admitir que afinal fez... mas foi em legítima defesa. Pelo meio vai encontrando refúgios. Diz que as palavras de Domenech sobre suborno de árbitros é mais grave do que uma agressão física, diz que apenas defendeu o jogador (Quaresma), diz que tudo se resumiu a falta de fair-play da Servia... etc etc etc...
Está confuso. Teve um acto irreflectido e agora, numa busca desenfreada do estado de graça perdido, corre para pedir desculpa. Já estou farto de o ouvir pronunciar a frase: “Peço Desculpa!”. Já percebemos. Agora resta-nos esperar qual a posição da UEFA e da FPF, sendo que, do segundo organismo não espero grande coisa. Gilberto Madaíl não é um homem de coragem e, sinceramente, também não acho que deva, agora, tomar uma posição radical. Não o tomou noutras alturas, em que a gravidade dos factos eram tão evidentes como hoje.
Ainda assim Scolari está desesperado. Na ponta final da entrevista entrou no campo pessoal. Expôs-se. Quase implorou para não ser despedido. "Coitadinho": diz o português em casa (os não portistas, claro).
Quanto ao acto de Scolari. Eu próprio estou confuso. Sei que agrediu Dragutinovic, mas também vi a postura do sérvio. E, sinceramente, como rapaz que andou alguns anos pelos campos de futebol (dentro das quatro linhas) e que, ainda hoje, acompanha de perto o fenómeno futebolístico, tenho um lado de mim que vai ao encontro do típico adepto. É com raça, com demonstrações de força e muitas vezes à lapada que se ganham jogos e se conseguem apuramentos. Os politicamente correctos normalmente ficam em casa. Já ficámos algumas vezes.
Mas há o meu outro lado. O que ignora a irracionalidade do futebol e percebe que a imagem do país sai afectada e que o facto de Portugal ser reincidente neste tipo de situações não ajuda, sobretudo, dentro das quatro linhas, onde os mergulhos do Ronaldo (estupidamente exagerados nos últimos jogos) podem começar a servir de chacota nos corredores da UEFA. Sendo que, ainda há meia dúzia de clubes portugueses nas provas da UEFA. Nunca lá tivemos muito peso e agora menos ainda (calma, Madaíl que o Platini tem lá um tacho na mesma).
Por fim há os senhores da razão. Os que esperavam ansiosamente por este momento para atacar Scolari. Devem ter esfregado as mãos assim que viram o punho fechado do brasileiro na direcção da cara do defesa sérvio! Pois bem, já estava à espera que fossem aparecer a pedir a demissão de Scolari e de Madaíl. Mas, por favor, não o façam debaixo de uma máscara de puritanos que não encaixa em metade de vocês. Façam-no sobretudo em função das exibições da selecção nos últimos 3 jogos.
Habituada às continhas de Scolari, Portugal joga, nos últimos anos, para o pontinho em terrenos, nos quais, tudo o que for abaixo dos 3 pontos é ridículo. Portugal tem jogado mal e porcamente. Falta ambição, mas sobretudo qualidade e forma a muitos jogadores. O grupo é acessível, mas agora há que correr. E, mais do que olhar para o Scolari a pedir desculpa, quero que os jogadores olhem para os vídeos dos últimos jogos. Ganhem vergonha e consigam o apuramento, porque o próximo jogo é no terreno do Azerbeijão. Fácil? Não é! Que o digam os belgas quando pensam em cazaques.
Scolari está perdido! Começa por dizer que não fez nada, para minutos depois admitir que afinal fez... mas foi em legítima defesa. Pelo meio vai encontrando refúgios. Diz que as palavras de Domenech sobre suborno de árbitros é mais grave do que uma agressão física, diz que apenas defendeu o jogador (Quaresma), diz que tudo se resumiu a falta de fair-play da Servia... etc etc etc...
Está confuso. Teve um acto irreflectido e agora, numa busca desenfreada do estado de graça perdido, corre para pedir desculpa. Já estou farto de o ouvir pronunciar a frase: “Peço Desculpa!”. Já percebemos. Agora resta-nos esperar qual a posição da UEFA e da FPF, sendo que, do segundo organismo não espero grande coisa. Gilberto Madaíl não é um homem de coragem e, sinceramente, também não acho que deva, agora, tomar uma posição radical. Não o tomou noutras alturas, em que a gravidade dos factos eram tão evidentes como hoje.
Ainda assim Scolari está desesperado. Na ponta final da entrevista entrou no campo pessoal. Expôs-se. Quase implorou para não ser despedido. "Coitadinho": diz o português em casa (os não portistas, claro).
Quanto ao acto de Scolari. Eu próprio estou confuso. Sei que agrediu Dragutinovic, mas também vi a postura do sérvio. E, sinceramente, como rapaz que andou alguns anos pelos campos de futebol (dentro das quatro linhas) e que, ainda hoje, acompanha de perto o fenómeno futebolístico, tenho um lado de mim que vai ao encontro do típico adepto. É com raça, com demonstrações de força e muitas vezes à lapada que se ganham jogos e se conseguem apuramentos. Os politicamente correctos normalmente ficam em casa. Já ficámos algumas vezes.
Mas há o meu outro lado. O que ignora a irracionalidade do futebol e percebe que a imagem do país sai afectada e que o facto de Portugal ser reincidente neste tipo de situações não ajuda, sobretudo, dentro das quatro linhas, onde os mergulhos do Ronaldo (estupidamente exagerados nos últimos jogos) podem começar a servir de chacota nos corredores da UEFA. Sendo que, ainda há meia dúzia de clubes portugueses nas provas da UEFA. Nunca lá tivemos muito peso e agora menos ainda (calma, Madaíl que o Platini tem lá um tacho na mesma).
Por fim há os senhores da razão. Os que esperavam ansiosamente por este momento para atacar Scolari. Devem ter esfregado as mãos assim que viram o punho fechado do brasileiro na direcção da cara do defesa sérvio! Pois bem, já estava à espera que fossem aparecer a pedir a demissão de Scolari e de Madaíl. Mas, por favor, não o façam debaixo de uma máscara de puritanos que não encaixa em metade de vocês. Façam-no sobretudo em função das exibições da selecção nos últimos 3 jogos.
Habituada às continhas de Scolari, Portugal joga, nos últimos anos, para o pontinho em terrenos, nos quais, tudo o que for abaixo dos 3 pontos é ridículo. Portugal tem jogado mal e porcamente. Falta ambição, mas sobretudo qualidade e forma a muitos jogadores. O grupo é acessível, mas agora há que correr. E, mais do que olhar para o Scolari a pedir desculpa, quero que os jogadores olhem para os vídeos dos últimos jogos. Ganhem vergonha e consigam o apuramento, porque o próximo jogo é no terreno do Azerbeijão. Fácil? Não é! Que o digam os belgas quando pensam em cazaques.
2 Comments:
Scolari perna de pau, olho de vidro e cara de mau.
ou ainda:
Scolari cara de pau, olho negro e dá tautau!
O vendido se for despedido sempre tem os anúncios da Caixa Geral de Depósitos...Vai promover o pacote Reforma.
O Scolari errou... mas concordo ctg quando dizes que há atitudes dentro das 4 linhas que, por vezes, são irracionais... errou, mas acho que se "entende" o erro! Um seleccionador não devia ter uma atitude daquelas, mas é humano... e a esfera do "dever ser" nem sempre é possível viver, não é? ;)
Enviar um comentário
<< Home